Dedicated to the celebration of Carlos Mendes 60th anniversary as a singer and author/composer in the Portuguese music industry, the new label launches with the release of Carlos Mendes’ newest album “Viagem”.
Produced by Jazzafari and mastered by Florian Siller, the album was recorded over the pandemic and heralds the re-issue of several older Carlos Mendes classics over the next two years.
The label takes its name from a comment made by a UK journalist, who was trying to find Carlos Mendes while working on an article called “the songs the Beatles gave away” – in this case, Carlos Mendes sang the Paul McCartney original “Penina”, written by Paul in a jam session while on vacation in the Algarve.
Em parceria com Carlos Mendes, a Lusitanian Music Publishing inaugurará este mês de Setembro um novo selo discográfico: The Mysterious Carlos Mendes, dedicado à edição, promoção e dinamização da obra discográfica de Carlos Mendes, e que deriva o seu nome a partir de um artigo na imprensa Inglesa, que tentava descortinar quem seria o artista português que tinha gravado a música “Penina” de Paul McCartney.
O ciclo editorial começa com a re-edição do álbum “Viagem”, agora remasterizado por Florian Siller, e irá anunciar brevemente um cronograma editorial que inclui a re-edição da extensa e diversificada obra discográfica de Carlos Mendes, nos formatos vinil, CD e digital. O álbum “Viagem” constitui um percurso pelos sons e influências de um artista que nos devolve um conjunto de canções e poemas, onde descobrimos as saudades, paixões, sorrisos e momentos intimistas, na sua viagem da vida.
A “Viagem” de Carlos Mendes contou com os poemas de Alda Lara, Helena Corado, Rosamar, Afonso Melo, Joaquim Pessoa, José Jorge Letria e do próprio Carlos Mendes, que assina também as músicas, excepto a parceria com Jazzafari no tema “As Meninas do Meu
Tempo”. Os arranjos estiveram a cargo de Carlos Mendes e Jazzafari, que também produziu este trabalho.
Em “Viagem” encontramos clássicos imediatos como “As Meninas do meu Tempo”, em delicioso tom retro; “Figueirinha” com um arranjo delicioso, “Ritinha” e a sua balada que nos faz sorrir; “Uma Carta da Lua”, uma das grandes surpresas deste disco, graças às suas violas entre o Blues e o Rock. “Molly”, com a sua sonoridade jazzy, é um tributo à musicalidade da cadela Labrador que acompanha a vida do artista, e por falar em Jazz dos anos 20 do século passado, surge o tema “Confinamento”.
Continuando a “Viagem”, percorremos paisagens que nos fazem recordar os Beatles em “Quando Fores Apenas Lua”, ou o tema “Ilha”, num belíssimo arranjo, com laivos de psicadelismo. Referência ainda para “Mãe”, intimista e com grande apelo, muito sentido e emocional. Esta “Viagem”, quase no final, passa pelos labirintos de emoções e amor que um Bolero, romântico e triste, nos oferece através da voz e do piano de Carlos Mendes, nos temas: “Testamento”, “Vem” e “Vem Buscar-me deste Lado”.
Carlos Mendes, autor, compositor e cantor de temas intemporais como Festa da Vida, Amélia dos Olhos Doces, Ruas de Lisboa, Alcácer que vier, ou Meu Menino Povo, tem um total de 21 discos gravados, somando duas vitórias no Festival da Canção, respectivamente em 1968 com ‘Verão’ e em 1972 com ‘A Festa da Vida’.
Participou, como autor, em vários programas televisivos, tendo sido responsável pela criação e apresentação do talk-show ‘Falas Tu ou Falo Eu’, destacando-se, também, pela sua atividade no canto lírico, no qual tem vindo a especializar-se enquanto cantor e professor.
A Sociedade Portuguesa de Autores atribuiu, em Setembro de 2014 numa cerimónia intitulada “O Homem, o Músico e o Cantor”, a Medalha de Honra evocativa da celebração dos seus 50 anos de carreira. Em 2016 Carlos Mendes foi também distinguido com a Medalha Municipal de Mérito Cultural de Lisboa, pela sua carreira dedicada a cantar e a compor canções, ao lado de poetas como José Carlos Ary dos Santos, José Jorge Letria, Joaquim Pessoa ou Carlos de Oliveira.